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quarta-feira, 26 de outubro de 2011

SOBRE A GREVE DOS MÉDICOS DO SUS

Em todo o país, entidades médicas estão se mobilizando para denunciar e alertar sobre o estado crítico em que se encontra a assistência à saúde.

Com a promulgação da Constituição de 1988, o Brasil passou a ter, em tese, um sistema exemplarmente democrático e justo, por ser universal, de acesso aos serviços de saúde.

 Na prática, porém, a falta de regulamentação e o financiamento insuficiente, levaram à completa falência  do sistema, com remuneração vil dos profissionais, filas intermináveis, assistência precária e insatisfação geral.

O cidadão que consegue, muitas vezes com grande sacrifício, acesso à assistência suplementar, representada pelas operadoras de planos  de saúde, se sente enganado, já chegando a 60% o número de clientes com queixas e reclamações, devido às dificuldades de marcação de consultas, exames, etc, da mesma forma que ocorre na rede pública.

Diante deste quadro, os médicos se mobilizam, com recentes paralizações no atendimento aos Convênios e greves relâmpago no SUS. A agenda nacional mínima defendida pelas entidades médicas inclui reajustes de salários, concurso público, implantação de  Plano de Cargos, Carreiras e Vencimentos, desprecarização de contratos e vínculos, melhoria das condições de acesso aos serviços pela população, solução para a superlotação em hospitais e prontos-socorros, regulamentação da

Emenda Constitucional 29 (que traria mais recursos para o setor). Enquanto tais medidas não forem implementadas, assistiremos a uma progressiva deterioração do sistema, com penalização não só dos profissionais, mas, principalmente, da população mais carente.

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