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sábado, 7 de abril de 2012

07 de abril - Dia Mundial da SAÚDE

OMS celebra Dia Mundial da Saúde com campanha sobre envelhecimento saudável 

 

humor-casal-idosos-m-A OMS (Organização Mundial da Saúde) alerta os países para adoção de medidas que garantam o envelhecimento saudável da população. Esse é o tema escolhido pela entidade para o Dia Mundial da Saúde, a ser celebrado hoje dia 7 de abril, e que marca os 64 anos de fundação da entidade. 

O alerta da OMS decorre da previsão de que, dentro de poucos anos, pela primeira vez, a população com mais de 60 anos de idade será maior que a de crianças com menos de 5 anos. Até 2050, 80% dos idosos estarão vivendo em países pobres ou em desenvolvimento.  
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De acordo com as recomendações da OMS, as autoridades de saúde precisam conter as doenças crônicas não transmissíveis que mais atacam os idosos, como ataque cardíaco, câncer, diabetes e doenças pulmonares.
De acordo com a diretora-geral da OMS, Margareth Chan, as pessoas em países pobres têm risco, quatro vezes mais maior, de morrer ou sofrer alguma deficiência por causa de uma doença crônica em comparação as que vivem em nações ricas. 

Chan observa que a maioria das enfermidades relacionadas à velhice pode ser prevenida ou submetida a tratamento de baixo custo. Exemplo disso é o controle da pressão sanguínea, fator de diminuição do risco de infarto. No entanto, menos de 15% dos idosos em países pobres e em desenvolvimento adotam procedimentos para controlar a pressão alta. 

A organização recomenda a adoção de medidas para diagnóstico precoce de doenças crônicas e a promoção de hábitos saudáveis em todas as faixas etárias

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O Brasil tem muitos motivos para comemorar este dia porque tem um dos melhores sistema de sáude pública do mundo: o SUS
E você, usuário / usuária, tem motivos para comemorar ?  


A Constituição Federal de 1988 declarou que a saúde é " um dever do Estado e um direito de todos e todas". A Constitutição Federal declara ainda que para se ter saúde é preciso ter vida digna com garantia de  acesso à alimentação, moradia, saneamento básico, meio ambiente, trabalho, renda, educação, transporte, lazer e outros bens e serviços essenciais. 

 Para fazer valer este direito, foi promulgada a Lei 8080, de 1990, que cria o SUS - Sistema Único de Saúde, bem como outras leis complementares que asseguram o direito universal e igualitário de todas as pessoas às ações e serviços de promoção, proteção e recuperação da saúde.  

 Esta conquista só foi possível graças ao Movimento de Reforma Sanitária - movimento liderado por formuladores e defensores do SUS, desde os anos 80. Antes dessas leis os trabalhadores e trabalhadoras rurais e urbanos que não tivessem carteira de trabalho assinada eram atendidos na rede pública de saúde  como "indigentes". 

Passados quase 20 anos de lutas e conquistas,  o SUS é uma obra-prima inacabada.  No campo e na floresta, ainda estamos distante de transformar a Constituição Federal e o SUS numa realidade concreta.  Dados do Ministério da Saúde e do IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas - confirmam que é no campo e na floresta  - em especial nos acampamentos, assentamentos, reservas extrativistas  e comunidades - que se convive com os maiores problemas de saúde:


·                     mortalidade infantil,
·                     mortalidade materna,
·                     homicídios decorrentes dos conflitos da luta pela terra,
·                     endemias,
·                     doenças respiratórias (sinuzite, asma, bronquite, tuberculose),
·                     doenças cardiovasculares (pressão alta, derrames, infartos)
·                     doenças osteomusculares (coluna),
·                     doenças parasitárias,
·                     condições insalubres de trabalho.
·              em muitas casas não se tem água canalizada,  banheiros e sanitários instalados, fossa séptica, coleta diária do lixo.
·             crescente incidência de pessoas portadoras do HIV/Aids e outras doenças sexualmente transmissíveis, como a sífilis.

Diante da distância ou inexistência do serviço, da falta de transporte, do número restrito de vagas para o atendimento, da discriminação,  muitos trabalhadores e trabalhadoras do campo se tratam por conta própria ou procuram diretamente uma benzedeiras ou a farmácia. 

Para transformar esta realidade é que convidamos   você, defensor do SUS, para fazer do Dia Mundial da Saúde uma oportunidade para informar, questionar, perguntar, expressar sua insatisfação e indignação:



Se na lei a saúde é um dever do Estado e um direito do cidadão e cidadã, porque os povos do campo e da floresta ainda convivem com os maiores problemas de saúde?
Se o SUS é para garantir saúde pública, integral  e de qualidade para todos e todas sem distinção e discriminação, porque então que a população do campo e da floresta é tão discriminada e esquecida por parte dos gestores da saúde ?
Porque não há uma política de atendimento integral e humanizado à saúde da mulher na maioria dos municípios ? 
É o SUS que não presta ou ele é mal administrado?    
No Governo Lula, o recurso da saúde para os municípios rurais aumentou.  Mas então porque o acesso ao SUS continua tão difícil e a rede de atendimento tão precária?
Porque a comunidade não se organiza para participar e intervir nas reuniões dos conselhos e conferências de saúde do município?
Esses espaços estão abertos à participação da comunidade?  



Você sabia que existe uma
Política Nacional de Saúde Dos Povos  
do Campo e da Floresta ?

O Movimento Sindical de Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais  e demais movimentos sociais que atuam  do campo tem protagonizado a luta por um desenvolvimento rural que seja  sustentável e solidário, que garanta saúde e qualidade de vida para todas pessoas que vivem e trabalham no campo e na floresta. Em resposta às nossas reivindicações, o Ministério da Saúde e o Conselho Nacional de Saúde  estão prestes a aprovar a Política Nacional de Saúde das Populações do Campo e da Floresta. Mas, o que muda se esta política for aprovada e implementada ? Esta política pode expressar um pacto nacional, ou seja, o compromisso entre as três esferas do governo (União, Estados e Municípios) em fortalecer o SUS no campo. Além de ações e serviços de promoção, proteção e recuperação da saúde, esta política se propõe a elevar o nível de desenvolvimento humano das populações do campo e da floresta por meio de outras políticas públicas, como segurança alimentar e nutricional, geração de emprego e renda, saneamento ambiental, habitação, educação, cultura e lazer, acesso à terra, enfrentamento da violência contra as mulheres e  transporte digno.    

 



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