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sábado, 26 de maio de 2012

Arroz integral reduz a gordura abdominal


90 gramas ou 4 colheres de sopa bem cheias de arroz integral todos os dias. Essa é a medida recomendada pelos especialistas para reduzir a gordura abdominal e afastar males como o câncer

Uma fina casca — para os olhos, essa é a única diferença entre o arroz integral e o branco. ...Continue lendo...

Para o corpo, no entanto, esse detalhe é fonte de inesgotáveis benefícios, que vão do controle do diabete à redução da gordura abdominal. Pelo menos essa é a conclusão de uma pesquisa feita por nutricionistas da Universidade Tufts, nos Estados Unidos, que analisaram a dieta de 2 800 pessoas. Entre elas, as que consumiam três ou mais porções de cereais integrais diariamente — e não abusavam dos refi nados — tinham até 10% menos gordura visceral, aquela que se deposita barriga adentro e recobre órgãos como pâncreas, intestino e fígado. À primeira vista, a redução pode parecer pequena, mas as vantagens são imensas.

A começar pela barriga, que dá uma enxugada. Em consequência, o coração é beneficiado: células gordurosas mais murchas significam menos inflamação nas artérias e, claro, menos trabalho para fazer o sangue circular. "Sem contar que, nos últimos anos, a ciência provou que a distribuição da gordura no corpo é importante para determinar o risco cardiovascular", explica José Renato das Neves, cardiologista do Hospital Samaritano de São Paulo. "Pessoas que nem sequer têm peso elevado, mas apresentam a adiposidade nas vísceras ou órgãos internos, apresentam um risco maior." Junto a tantas vantagens, existe ainda a menor probabilidade de aparecimento de tumores, como o de mama.

Agora resta a pergunta: como essa casquinha, que parece tão insignificante, consegue resultados tão surpreendentes? "A resposta está no seu teor de fibras. Quanto maior seu valor, menor é a quantidade de glicose e lipídios absorvidos. Esses fatores são importantes para evitar a deposição de gordura intra-abdominal", esclarece Rosana Radominski, endocrinologista e presidente da Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica (Abeso). É que as fibras formam uma espécie de goma quando entram em contato com a água e, assim, tornam a digestão mais lenta, fazendo com que o açúcar proveniente dos alimentos seja assimilado aos poucos. Se não fosse dessa forma, aumentaria a produção de insulina, hormônio responsável por mandar a glicose para dentro das células. Só que, em excesso, ele infla os pneus da barriga e, ainda, abre caminho para o diabete.


Quem come arroz diariamente costuma se alimentar de maneira mais saudável em todas as refeições — e aí o corpo agradece com todas as suas forças. Ao analisar dados de 1999 a 2004 sobre a dieta de mais de 25 mil crianças e adultos, pesquisadores americanos constataram que nos apreciadores desse cereal não havia carência de nutrientes essenciais para o organismo, como ácido fólico, potássio e outras vitaminas do complexo B. Muito pelo contrário.


O estudo, realizado por uma empresa de consultoria alimentar, baseou-se no National Health and Nutrition Examination Survey, um levantamento feito periodicamente pelo governo dos Estados Unidos. O resultado mostrou ainda que os consumidores regulares de arroz têm menor propensão a acumular quilos extras, 34% menos risco de hipertensão e 27% menos probabilidade de aumento na circunferência abdominal. "O arroz em si, principalmente o integral, é considerado uma boa fonte de fibras alimentares, de vitaminas do complexo B e de minerais", confirma a nutricionista Patrícia Ramos, coordenadora do Serviço de Nutrição do Hospital Bandeirantes, na capital paulista. "A longo prazo, sua ingestão diminui mesmo o risco de diversas doenças."

Os tipos integral e parboilizado também ganham destaque pelos teores de metionina, um aminoácido essencial que evita a queda dos cabelos e hidrata pele e unhas. "Sem contar que a metionina é precursora de um neurotransmissor, a serotonina", conta Patrícia. Essa substância é uma espécie de antidepressivo natural. O aminoácido ainda auxilia na redução do colesterol e afasta a fadiga crônica. Com tantos benefícios, é triste saber que o cereal deixou de ser o preferido dos brasileiros na hora do almoço e do jantar. Segundo um levantamento do Instituto Brasileiro de Geografi a e Estatística (IBGE) divulgado no fi nal do ano passado, hoje consumimos cerca de 40% menos arroz do que no início dos anos 2000. Mas, justiça seja feita, ele merece dar a volta por cima — e retornar para a sua mesa, principalmente na versão integral, é claro. "O ideal é ingerir o alimento na maioria das refeições", sugere a nutricionista Renata Garrido, do Hospital Nove de Julho, em São Paulo. "Não há uma recomendação mínima, mas o correto é substituir o branco e incluir o integral aos poucos. Mas, como esse é um hábito novo para boa parte da população, o mínimo consumido já é válido", conclui. Bom apetite!


ARROZ PRETO COMBATE AS INFLAMAÇÕES


Asma e alergias podem ter fim com o consumo dessa variedade do cereal. Não acredita? Um estudo feito com cobaias na Universidade de Ajou, na Coreia do Sul, concluiu que algumas substâncias do arroz preto são capazes de suprimir a ação da histamina, substância que se liga a receptores celulares espalhados por todo o corpo e desencadeia inflamações. Aí, espirros e coceiras são só um detalhe... Na pesquisa, os roedores que receberam o tal arroz tiveram 32% menos alergias de pele e a produção de substâncias inflamatórias pelo corpo também foi reduzida


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